CURCUMA (Curcuma longa)
Curcuma longa é amplamente utilizada como especiaria na Índia, para dar cor e sabor à comida. Vulgarmente denominada por Curcuma, é uma planta com inúmeras propriedades benéficas para a saúde, que pertence à família Zingiberaceae. Desde há centenas de anos que esta planta é muito aproveitada na medicina tradicional indiana e chinesa. [1]
Contém óleo essencial com zingibereno (composto terpénico) e curcuminóides na sua constituição, dos quais se destaca a curcumina (mais abundante e importante). Esta é um polifenóide com grande potencial terapêutico, sendo dotada de múltiplos efeitos farmacológicos. [2]
Uma das principais ações de Curcuma longa é a sua enorme capacidade anti-inflamatória. A curcumina consegue modular a resposta inflamatória, interagindo com diversas moléculas intervenientes na inflamação, designadamente a cicloxigenase-2 (COX-2) e a lipoxigenase (LOX). Inibe a atividade destas e, como consequência, impede a produção de citoquinas inflamatórias importantes (interleucinas - IL- 1, 2, 6, 8, 12 e fator necrosante tumoral alfa - TNFα). [1, 2]
Sendo assim, esta planta é muito eficaz nas doenças de caráter inflamatório, particularmente ao nível dos ossos e articulações (artrite, osteoartrite, artrite reumatoide), pâncreas (pancreatite), olhos (uveíte) e aparelho gastrointestinal (dispepsia, úlcera péptica, síndrome do cólon irritável, colite ulcerosa, doença de Crohn). [1, 2]
Diversos estudos clínicos denotam elevada eficácia de Curcuma longa nos casos de osteoartrite. É capaz de prevenir a degradação das cartilagens e promover a condrogénese (formação de tecido cartilagíneo), exercendo efeitos estruturais e funcionais nas articulações. Reduz a dor e aumenta a mobilidade (do joelho, por exemplo). É, portanto, bastante benéfica na prevenção e no tratamento da osteoartrite, aumentando significativamente a qualidade de vida deste tipo de doentes. [2, 3]
A associação de Curcuma longa com Boswellia serrata tem-se revelado deveras vantajosa, uma vez que potencia os efeitos terapêuticos das duas plantas. Têm sido obtidos resultados muito positivos na osteoartrite. [2, 3]
Alguns estudos mostraram equivalência da eficácia de Curcuma longa e de medicamentos químicos anti-inflamatórios, nomeadamente os inibidores da COX-2 (mais usados). Foi, igualmente, obtido um ótimo perfil de segurança, pois foi demonstrado que a utilização desta planta é muito segura, tendo sido bem tolerada mesmo em altas dosagens. [1, 2]
A curcumina apresenta uma forte ação antioxidante, o que justifica os seus benefícios contra o cancro. Para além disso, também contribui para aumentar as defesas do organismo. [1, 2, 4]
Em tratamento combinado com medicamentos químicos antineoplásicos pode ajudar a diminuir os efeitos tóxicos destes. [1]
Curcuma longa é, assim, muito útil na prevenção e no tratamento do cancro.
Outras aplicações terapêuticas relevantes são a obesidade e a Diabetes mellitus. A curcumina interage com os adipócitos (células acumuladoras de gordura), reduz os níveis sanguíneos de gordura (hiperlipidemia) e de glicose (hiperglicemia) e diminui a resistência à insulina. [2, 4]
É importante para as doenças cardiovasculares e pulmonares (asma, bronquite, alergia). [4]
Estudos mais recentes demonstraram que Curcuma longa é eficaz nas patologias neuro degenerativas, em especial na doença de Alzheimer e na doença de Parkinson. [2, 4]
É, ainda, útil para tratar patologias hepáticas (fígado), febre, amenorreia, vermes intestinais e doenças da pele (psoríase). [1]
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