

Dente de Leão (Taraxacum officinale)
Taraxacum officinale é uma planta aplicada na medicina tradicional, que pertence à família Asteraceae (Compositae). [1, 3]
É popularmente conhecida como Dente de Leão e encontra-se, sobretudo, nas zonas temperadas do Hemisfério Norte.
Embora possam ser aproveitadas várias partes desta planta, são as folhas e as raízes que maioritariamente são utilizadas e que têm mais interesse terapêutico. [1]
Os principais constituintes são derivados triterpénicos pentacíclicos, princípios amargos de tipo eudesmanólido (taraxacina), germacranólidos, triterpenos (taraxasterol, isotaraxasterol, arnidiol e faradiol), carotenóides xantófilos, fitoesteróis (sitosterol e estigmasterol), mucilagens, cumarinas e sais de potássio. Contém, também, inulina (responsável por um efeito laxante osmótico suave).
Uma das ações farmacológicas de Taraxacum officinale mais relevante é a sua capacidade colerética, isto é, provoca um aumento da secreção de bílis pelo fígado. [1, 3]
Melhora muito o funcionamento do fígado e da vesícula biliar. Logo, a sua utilização está particularmente indicada na prevenção e no tratamento de problemas nestes órgãos. São alguns exemplos, a icterícia, as hepatites, os cálculos biliares ("pedras" na vesícula) e a discinesia biliar ("vesícula preguiçosa").
É um excelente depurativo, estimulando a destoxificação do organismo (ajuda a eliminar mais eficazmente todas as toxinas). Descongestiona o fígado.
Alguns estudos revelaram a eficácia de Taraxacum officinale na diminuição da acumulação de gordura no fígado. [2]
Esta planta exerce, assim, um efeito hepatoprotetor extremamente importante. [2. 3]
Outro benefício terapêutico é a sua utilidade na diabetes, uma vez que detém propriedades hipoglicémicas (induz a redução da quantidade de açúcar presente no sangue). Atua, igualmente, na diminuição da resistência à insulina. [1, 2]
É uma planta que mostrou ser útil na perda de peso corporal e na melhoria do perfil lipídico, pelo abaixamento dos níveis plasmáticos de "mau colesterol" (LDL) e de triglicéridos e pelo aumento dos níveis de "bom colesterol" (HDL). [1, 2]
Isto faz com que seja especialmente benéfica nos casos de Diabetes mellitus tipo 2 e de obesidade. [1]
O extrato das folhas de Taraxacum officinale apresenta uma ação diurética, ou seja, estimula a diurese (produção de urina). Provoca um aumento do débito urinário (quantidade de urina eliminada pelos rins), melhorando a capacidade de eliminação de líquidos do organismo e impedindo a sua acumulação excessiva.
Esta planta é, assim, muito útil no combate a edemas, na redução da pressão arterial, na preservação da saúde renal e como coadjuvante no tratamento de patologias que provocam retenção de líquidos.
As folhas de Taraxacum officinale possuem uma grande quantidade de potássio, pelo que, contrariamente à maioria dos diuréticos, não provoca uma perda excessiva deste mineral. [1, 3]
Tem, também, uma ação antioxidante. Alguns estudos mais recentes têm demonstrado que o uso desta planta pode reduzir a inflamação e ajudar no tratamento de alguns tumores. [1, 3]
Taraxacum officinale pode, ainda, ser usada para facilitar a digestão e aumentar o apetite.
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